“Só nos curamos de um sofrimento depois de o haver suportado até ao fim.”

(Marcel Proust)

Essa necessidade em calar

Eu sei que ainda sou nova e que tenho muito chão pela frente. Ninguem nunca irá me dizer quando ou como parar. Gosto desse meu lado autoritária, independente. Eu sinto o que penso e faço exatamente aquilo que quero. Se fiquei perto, foi porque quis. Se fugi, era porque minha necessidade de estar longe se fazia maior do que tudo. Mas eu nunca - nunca mesmo - deixei de dizer o que pensava ou o que minha boca queria pronunciar. Claro que eu reflito um pouco antes de dizer. Mas se quero de fato, não tem jeito. Ninguem segura ou faz minha vontade passar.

Sou o tipo de pessoa extremista. Daquelas que não faz nada pela metade. Não me entrego pela metade, não sei dar meio sorriso e não engulo lágrimas. Sou intensamente. Sou mente e eternamente. Faço tudo o que posso para não me arrepender mais tarde e se estou quietinha, na minha; é porque não desejo outra coisa além disso.

Gosto desse meu egocentrismo. Sei que a capacidade em melhorar esta dentro de mim e eu tambem sou a culpada por me trazer tanto abaixo."Não há bem que sempre perdure e nem mal que nunca se acabe". Esse segundo esta passando por mim e eu sei que logo logo ele irá acabar.

V.R

"E no fundo eu gosto. Gosto de sofrer, gosto da tristeza. Gosto daquilo que me faça sentir tudo."

V.R

Faz dias

Dias que eu não venho aqui. Dias que minha inspiração some, desaparece. Faz dias que eu não encontro pássaros e dias que meu coração sumiu de mim. Queria escrever sobre algo bom. Qualquer coisa que impulsionasse a mim mesma ou até mesmo alguem. Não consigo, fato.
Cada um tem um motivo para escrever, para ser feliz. Eu perdi o meu. Perdi a vontade, perdi a necessidade de qualquer coisa.

A gente precisa de algo que nos motive, que nos faça querer ir além, viver, passar os dias. A gente precisa de sorriso, precisa de amor, precisa de carinho e atenção. Precisa de qualquer coisa que nos faça especial. O problema é; não é qualquer coisa...

Me sinto assim; vazia, oca. Fechada, sem vontades, sem anseios, desejos...me sinto um nada. E mais uma vez, eu uso o meu blog como uma espécie de diário e qualquer um pode ler como estou.

V.R

Estradas

Precisei ir bem fundo para encontrar as palavras das quais necessito para dissertar sobre esse assunto. Estradas. Viajar é muito bom, nos faz entrar em contato com a natureza e de certa forma nos rouba momentos de lucidez. Percorrer estradas nos dá vontade, anseios, necessidade. Percorrer estradas nos faz pensar no que agora, não esta mais conosco e tambem para o destino que estamos alcançando.

Acho que posso mesclar a linha da vida com as estradas. Todo dia percorremos uma. Toda dia escolhemos entrar em uma. Algumas vezes sinuosas. Outras um tanto assustadoras. Por vezes estreitas e na maioria delas, imprevisíveis. Estrada da vida não tem direção, não tem placas e muito menos mapas para não se perder. O que você pode fazer - no máximo - é manter o contato sempre ativo com o Seu Guia Turístico e que, de preferência, Ele te aponte ou te deixe seguir pelas estradas mais surpreendentes do trajeto (me dou a liberdade: "Obrigada, Deus!").

É engraçado parar para analisar quantas e quantas estradas fazem parte da nossa vida e das nossas escolhas. Estrada une tudo, estrada junta tudo e estrada confunde tudo. Tudo cabem nelas, tudo passa por elas e tudo pode se perder dentro delas. Também temos rotatórias. Dessas que podemos voltar quantas vezes quisermos. Temos acostamento a fim de parar o carro, dar uma checada se esta tudo ok.

Gosto de quando as estradas se cruzam. Quem é que gosta de viajar sozinho? Estou saindo. Preciso ir embora, estou com pressa. Sim, peguei minha mochila, fiz minha cesta para o pique-nique e água não me falta. Agora eu paro e penso, esquerda ou direita?

V.R

...

...eu sei; estou perdida...e não preciso que ninguem me diga o quão longe da estrada eu me encontro.

V.R

"...e a saudade dele tá doendo em mim."

(Nelson Gonçalves)

As pessoas dentro de você

Aprendi isso com meu professor de filosofia: você tem inúmeras pessoas dentro de sí. Dentro do seu próprio eu. Já fui e sou filha, irmã, namorada, prima, amiga, colega, neta, nora, afilhada, conhecida, 'aquela lá', entre tantas outras que eu ainda não tive a capacidade de ser e conhecer. Acredito que esteja aí o fato de sermos 'únicos' no mundo. Para você ser precisa, em primeiro lugar, haver uma segunda pessoa. Ela te conhece e acaba nascendo dentro de você, um novo eu, uma nova pessoa, De desconhecido, você acaba ganhando derivados e qualidades. Se tornando assim, uma pessoa especial, necessária ou essencial na vida de outra pessoa.

Para mim, a vida se resume nisso: as pessoas que você cativa. Que nós não levamos nada dessa vida, isso não é novidade para ninguém, mas poucos sabem o que é que realmente precisam conquistar na vida e da vida. Eu quero colecionar carinho, ter um caminhão de afeto e uma cidade de pensamentos que me façam presente na vida das pessoas que amo. Mas o ponto principal, não sou eu.

Vou falar da segunda pessoa. Vou falar daquela que me conheceu, que me deu qualidades, nomes, apelidos carinhos e tantas outras coisas que me fizeram única na vida dela. Dizem que não podemos ser felizes o tempo todo. Que precisamos apanhar, precisamos perder. Precisamos sofrer. Nunca e em hipótese alguma, se a felicidade dependesse apenas de cada um, seríamos infelizes. A felicidade esta no outro e a felicidade depende do outro. Depende do estado de humor, depende da vida e das cicatrizes que ele trouxe consigo.

Quero falar outra coisa tambem. Do mesmo modo que temos como criar a vida, podemos tambem matá-la dentro do outro. A mesma pessoa que nasceu em você por causa daquela segunda pessoa, pode tambem, morrer justamente por causa dela. É por isso que perdemos amigos. É por isso que perdemos grandes amores. Tambem é por isso que sentimentos mudam drasticamente dentro de nós.

A responsabilidade em cuidar daquilo que nos tornamos na vida de uma pessoa, esta inteiramente dentro de nós e em nossas mãos. Se você abrir os dedos, ela escapa. Se você fechar a mão, ela morre.

V.R

Believe in you (:

“Acredite em você mesmo, pois é só você que pode se auto julgar. Ouse, arrisque e nunca se arrependa. Não desista jamais e saiba valorizar quem te ama, esses sim merecem seu respeito. Quanto ao resto, bom, ninguém nunca precisou de restos para ser feliz."

(Caio Fernando Abreu)

A casa continua de pé

Escovei meu cabelo. Olhe pela janela e ví o sol raiar no horizonte. Dia lindo, típico para um passeio em família. Respirei bem fundo como quem pega fôlego para percorrer os dias seguintes. Levantei. Antes de sair do quarto, ví - e sabia que seria pela ultima vez - meu reflexo em minha penteadeira: "por que essa incerteza?"...

Fazia um bom tempo que você não aparecia em casa, mas vê-lo sentado em meu sofá não me trouxe aquela euforia dos dias em que passei sem tí. Eu não disse uma palavra sequer pois, já sabia das coisas que passavam em seu consciente. Deixei meus olhos penetrar nos seus e foi aí que eu percebi que agora você havia voltado para quando eu o conheci. Tarde demais...

É assim; parecido como tirar férias. Diferente de se agendar uma, dessa vez eu não sei quando regresso (e se regresso). Não senti nada. Nem mesmo uma vontade de te beijar ou te abraçar. Apenas consenti e não quis brigar. Eu sabia que estava partindo e essa acabou não sendo uma decisão minha. Você me tirou de casa, pediu que eu me ausentasse. Nunca neguei um desejo seu...

Saí com poucas roupas e uma mala que não cabia quase nada. Uma sombrinha para me proteger do sol ou da chuva e alguns incontáveis números de casas para as quais eu poderia me instalar. Sinto isso. Sinto de súbito que esta tudo no lugar. Tudo como deveria ser e pra que ser. Construimos uma casa juntos e a base era completamente sólida, forte. Foram necessários três meses para finalizar o alicerce e isso não nos cansou. Muito pelo contrário. Nos fez querer ir adiante...

De uma coisa eu sabia; você havia arrumado a casa, deixado tudo pronto para a minha volta. Agora eu me pergunto; por que é que dela eu precisei sair?...

V.R

Daria tudo para que encontrassem você!

E foi assim que seus olhos me fazem falta. Foi por esse motivo que as horas mais corriqueiras do dia e da noita, me arrancam a alma e deixam meus pensamentos nos lugares mais inimagináveis da minha cidade, da minha vida. Você sempre soube como agradar a todos, como abanar seu rabinho (por mais que você não o tenha desde 'biiiibê') para demosntrar felicidade e ensinar, a nós HOMENS, o quanto um animal é mais humano do que muitos Homo sapiens juntos.

Cuidar de você era uma tarefa fácil, eu até deixava de fazer o que realmente era necessário fazer para ficar cuidando de você, para escovar seu pelo caramelo e para apertar suas tão lindas, fofas e gordas buxexas. As pessoas precisam inventar formas para demonstrar seu humor. Eu precisa apenas olhar em sua boca para ver se aquela manchinha estava vermelha ou rosa o suficiente para que qualquer um pudesse perceber seu estado de espírito.

Fomos 100. Depois de algum tempo passamos a ser apenas 6 mas... você veio para roubar a cena. Para mudar todo o nosso conceito sobre família e principalmente para amolecer corações de pedra. Quantas e quantas vezes você era a razão pela qual nossa floricultura vivia lotada de gente. Gente que queria te ver. Amigos que queria te acariciar. Primos que queriam te pertubar...

Uma cena que não sai de minha cabeça - e por incrível que parece, da minha frente; você correndo desesperadamente para alcançar meu irmão enquanto ele enlouquecidamente, corria em volta dos objetos da loja. Inúmeras vezes ele se escondeu de você. Quanta graça e amor nós víamos nesses simples gestos.

Você veio para nos desestabilizar. Veio para tirar nosso sussego. Chegou para botar (des)ordem em nossa casa e principalmente para nos ensinar que tamanho e nem idade são documentos. Você com seus 19 meses e alguns dias, nos ensinou muito mais do que muitas pessoas em vida, não tiveram capacidade de o fazer.

Deixou marcas, cicatrizes e foram físicas. O Fofuxo que o diga! (Para quem não nos conhece, Máx arrancou um pedaço da orelha de meu cachorro por ciúmes). Esta vendo o que você fez? Até meu cachorro chora o dia todo, lamentando o seu desaparecimento...

Dói...dói tanto! Faz um buraco e se parecesse com aqueles poços em que quando se joga uma pedra, não consegue ouvir a mesma chegar até o fundo. Eu quero te apertar. Quero ver a safadeza em seus olhos. Quero ver e me assustar com as bagunças que todo o santo dia, nós encontrávamos quando chegavamos para a nossa outra casa. Quero olhar suas pulgas. Ver se seu nariz esta quente e te ver de pé. Nunca ví um cachorro que gostasse tanto de ser bípede. Quero ver a alegria, quero fazer dois pratos de comida. Ficar com medo caso você chegue perto dos meus outros dois cachorros e beijar sua testa redondinha. QUERO VOCÊ, MÁ!

V.R

Eu quero um desses

“Objeto dos sonhos: um relógio com ponteiro que pule horas difíceis.”

(Fernanda Gaona)

Felicidade é o que me faz escrever agora

Como citado em uma das postagens anteriores, eu estou tendo coragem para pegar a minha FELICIDADE em uma prateleria (e eu não faço a menor idéia do que é que vem junto). Como estou conseguindo isso?! Simples. Não olho para o chão. Não mantenho minha cabeça baixa, demonstrando medo, insegurança ou aquele "gelinho" que todos têm na barriga quando se encontram em momentos 'conturbados'.

Não esta sendo completamente fácil ou, diga-se de passagem; inteiramente sorridente. Tem momentos que me faz uma falta, que bate uma saudade horrível. Tem momentos que eu quero matar o primeiro que vejo à minha frente, outrora, são meus beijos que mais quero deixar no rosto daqueles que amo. Conto com forças. Forças infinitamente positivas. Que me amam, me fazem bem. Me escutam, me ligam e retornam todas as minhas solicitudes.

Eu estava entre uma bifurcação. Ou vai ou racha. Foi. Hehe. Não é daquelas decisões definitivas, mas ela foi tomada por duas pessoas e ela ainda veio comigo. Me sinto tão segura. Tão confiante de mim e dos meus atos. Meu coração fala vai e minha razão sussura pra mim; eu vou junto.

O bom é que não ando somente com minhas pernas. Algumas vezes, tenho anjos que me carregam nas costas.

V.R

“- Você não se cansa de ser tão confusa?
- Às vezes sim, as vezes não. Não sei.”

(Aline F.)

Supermercado da vida

Não é para se descobrir o preço das coisas, mas sim o valor. Muito mais importante do que tudo isso é; DAR VALOR. Não gosto de gente que não valoriza o que tem ao lado. Isso me irrita. Me deixa furiosa. Mas... as pessoas precisam aprender né?! E para tanto, têm de desvalorizar para então descobrir o quanto é que vale - ou infelizmente - valia a pena. Aquele lance de aprender pela dor ou pelo amor, sabe?

Felicidade tem a ver com valor, mas o pior/melhor de tudo é que não se compra. Poucas pessoas costumam olhar na direção dela. Felicidade esta no alto e eu diria que no topo de uma prateleira. Um daqueles lugares quase que inalcansáveis, porém, não impossíveis de se pegar. Alguns precisam ficar na ponta dos pés para pegá-las. Outras precisam de um 'pezinho', uma ajudinha de uma segunda pessoa. Enfim, não importa.

Ai é que esta. Pelo menos eu, quando encontro alguma coisa que me encha os olhos e por assim ser, desejo pegar-lhe, não dou aquela olhadinha para ver se a barra esta limpa. Na maioria das vezes, tem alguma coisinha em cima e aquilo cai exatamente em minha cabeça. Dessa vez não doeu, apenas me assustou.

Felicidade é assim: precisamos ter a audácia de cutucá-la. Pegá-la. Roubá-la para nós. E acredite, sempre terá um algo a mais vindo... descendo junto com ela. Agora, vai de cada um ter a força de suportar o que quer que seja.

V.R

Nenhum me agrada!

Definitivamente, nenhum fim me agrada! Final de festa me deixa triste. Fim de sofrimento não se consegue deduzir. Término de filme deixa aquele 'e agora?!' no ar. Quando anestesia chega ao fim, a dor com certeza será pior. Final de ano letivo deixa saudades. Fim de viagem nos faz querer voltar. Final de música me faz querer tocar novamente. Fim de sorvete dá vontade de tomar água. Final de domingo me deixa angustiada. Fim de ano me faz pensar em tudo que viví e nas coisas que me fizeram. Fim de dança me faz querer pular. Final de livro me dá um gosto de quero mais.

Sim, eu tenho plena consciência de que para tudo na vida se existe um 'começo , meio fim'. AGORA eu penso assim: quem foi o idiota que inventou isso? Pra mim, a pior besterira consiste em começar algo já pensando no seu fim. Fim não é bom. Se fosse bom, não precisaria de três palavrinhas para caberem tantos e tantos significados. Ah que raiva!

É nesses dias que eu tenho vontade de sumir, de ir para beeeeeeeeeeeeeeeeeeeem longe e deixar uma mensagem em qualquer coisa que me diga respeito: PARTIU. Volta não sabe-se quando. Eu sei, eu sei que fugir dos meu problemas não irá resolvê-los. Fugir de algumas pessoas, sim.

Me sinto fraca, me encontro sensível e qualquer vento, por menor que ele seja, tem a capacidade de me destruir; me levar para bem longe. Sei que tudo passa, e fico na espera disso. Afinal, já escrevi sobre esse tema mas me perguntou; por que é que eu ainda não aprendi?

V.R

Combina comigo.

“Nenhuma palavra dita fará com que você me compreenda, se verdadeiramente não souber ler o que transpareço. Portanto, nada de deduções. Sou um filme sem legenda, só quem fala minha língua consegue me entender.”

(Fernanda Gaona)

E coração?

(…) não se conserta uma pessoa como se conserta uma casa.”

(Caio Fernando Abreu)

Ou merece tudo, ou nada lhe seja dado.

Pensei em algo contundente. Pensei nas coisas que damos as pessoas. E cheguei a essa seguinte conclusão meu caro leitor: ou uma pessoa é digna de todo o sentimento que você pode depositar nela, ou então nada lhe cabe. Simples, prático e fácil. Funcional tambem e vou lhes dizer o motivo.

Dizem que a primeira impressão é a que fica. Concordo em meio termo pois já ví pessoas que eram completamente o oposto daquilo que eu imaginei nelas assim tambem como me decepcionei com lindas flores que, no entanto, eram artificiais. Querendo ou não, dando bréxa ou não; a pessoa faz a imagem que bem quiser de nós e por mais que façamos, isso é algo da natureza humana e não irá mudar. Acredito que o gostoso disso esta na certeza que teremos do que a pessoa é de fato (e tempo não é algo clínico para se analisar isso).

Mudando de gato para lebre mas não deixando a espécie fofinha e peluda de lado, vamos para o ponto principal desse escrito. Conclui pois, que cada pessoa que conhecemos na vida tem o direito de nos conhecer por inteiro ou então nem sequer saber quais são minhas músicas favoritas. Pense em uma briga onde duas meninas 'disputam' sua reputação, por exemplo. Se um das meninas precisa conhecer o lado 'raivoso' da segunda, eu acredito que essa segunda menina mereça tambem conhecer o 'melhor' que essa pessoa pode ser. Complicado? Um pouco. Tente pensar nisso, tente imaginar o quanto uma pessoa merece te conhecer e se ela não for dígna do seu melhor; não deixe o seu 'pior' evidente, pois, será desse que ela mais se lembrará e para tanto, ela não merece nenhuma parte de você, que dirá a pior

V.R

“Às vezes é preciso diminuir a barulheira, parar de fazer perguntas, parar de imaginar respostas, aquietar um pouco a vida para simplesmente deixar o coração nos contar o que sabe. ”

(Ana Jácomo)

Minha maior virtude

Entenda bem. Paciência não tem nada a ver com plena aceitação e muito menos com 'tanto faz' (pra mim). Alguma coisa me anestesiou. Me sinto calma, em paz e completamente de bem com a vida. Coisas boas e ruins acontecem com todos os seres vivo da face da terra e eu não sou nenhuma 'queridinha' pra fugir dessa regra - e confesso tambem que isso nunca foi meu desejo. Gosto do ousado, dos dias turbulentos e das perguntas sem respostas (embora um dia eu vá entender tudo).

Se eu respiro bem fundo, não sinto aquele peso da culpa. Não sinto aquela ansiedade que faz mal para o coração e muito menos algum dedo apontando aonde foi que eu errei. Esses dias brinquei - de antemão com todo PERDÃO da palavra - dizendo: estou sem a porra da paciência. Hoje lhes digo que ela me invadiu. Me sinto mais serena, calma, tranquilizada. Esta fácil demais me convencer de algo - não que eu não tenha querer próprio, mas estou aceitando tudo que me dizem.

Quer ir? Tudo bem...vá. Deseja me convencer de algo? Sim... sou toda ouvidos. Acha que estou errada? Certo... me mostre aonde errei pois tenho o maior prazer em acertar. Gostei disso. Gostei de estar assim e quero deixar claro que 'aceitação' não tem nada a ver com 'indiferença'. Muito pelo contrário! Tem a ver com eu me preocupo, e agora, suas idéias e opniões são mais favoráveis do que as minhas.

V.R

ps: aproveite esse meu período. Não é todo santo dia que estou assim (:

Eu, já.

Você é completamente responsável por aquilo que cativas

Qual é o preço de se conquistar uma alma? O erro esta em definir valor fixo para todas as pessoas que - involuntariamente - você acaba comprando. Tive o privilégio e muitas vezes honra de conhecer inúmeras pessoas (cada qual com sua genialidade e característica) em minha vida. Uma coisa sempre me foi certa: cada uma delas tem exatamente um 'q' de diferente.

Se você parar para analisar, vai descobrir que cada ser tem algo que somente é seu. Aquela coisa que te fascina, que te chama atenção e que faz com que a pessoa se torne única. Por mais que pensemos que a maioria é igual; se olharmos para dentro de cada um com olhos de peneira, vamos encontrar magníficos mares e pérolas mais preciosas do que aquelas que se encontra no fundo do mar. Pessoas me atraem. Tenho uma necessidade extrema em conhecer um alguém.

Coisa fundamental. Dois pontos. JAMAIS SE ESQUEÇA DE CUIDAR. Almas são como flores e plantas: precisam de água. Umas mais do que outras e algumas delicadamente para não quebrar suas pétalas. Tudo que tem vida, senão for cultivado; morre. É por isso que eu disse que somos responsáveis pelas pessoas que conquistamos, pelas amizades que formamos e pelos corações que precisam do nosso calor para viver.

Tem gente que tem medo. Sofre. Fica parado. Eu, muitas vezes já o tive, só que não foi medo de conhecer e sim de perder. Perder aquilo que com tanto amor e carinho eu cultivei. Perder aquilo que não havia se tornado apenas uma flor do meu jardim - Mas o melhor canteiro de todos.

E você, tem regado suas plantas?

V.R

Esses ultimos dias

“Porque você não sabe, mas tenho corrido maratonas e vencido monstros gigantescos para conseguir sentir tudo isso sem arrancar minha cabeça fora.”

(Tati Bernardi)

Preciso que você pulse

As vezes eu grito. Eco, eco, eco. Queria mesmo poder ouvir esses únicos ruídos. Mas não! Algo dentro de mim me perturba. Sorrateiramente. Odeio ter de sentir as coisas pela metade e odeio pois, também sofrer pela metade. Quero que venha tudo de uma única vez, em um único suspiro, enfim...em uma facada só. Mas não...

Coração as vezes é bobo. Mais bobo ainda quando não quer falar e não deixa ser ouvido. Preciso incansavelmente que ele me diga o que quer. Que me reprima, que mostre os caminhos para os quais devo andar. Seguir uma direção sem vontade ou sem saber se esta equilibrada ou não, dói demais. Tenho medo do silêncio e de não conseguir me entender.

Já sei! Preciso de um empurrão. Daqueles que te mandam bem longe e que - de alguma forma - fazem você andar na linha. Preciso acordar, ter certeza de onde estou. Choque de realidade faz bem, pois, é inevitável qualquer surpresa te enganar ou a esperança deixar falar. Creio que só assim, meu coração vai perceber e sair desse silêncio que não me faz entender.

V.R

Fica subentendido (ok?!)

Quando criei esse blog, queria que as pessoas encontrassem nele alguma palavra que as tocassem e uma partícula de resposta para suas inúmeras perguntas. Faz dias que não tenho inspirações para qualquer tipo de postagem animadora. Não sei no que posso ajudar um terceiro ou se tenho a simples capacidade de me ajudar.

É que a vida muda, meu bem. Às vezes fica de pernas pro ar e a sua cabeça começa doer porque falta o ar. Não queria, pois, escrever por 'obrigação' ou até mesmo só para deixar aqui o meu 'bom dia/ boa noite'. Sim eu vou bem... eu ando bem e sou completamente perfeita em todos os quesitos físicos. Ando, vejo, escuto, falo, penso, como, durmo e bebo. Ultimamente, meus dias têm sido assim - me vejo obrigada a confessar que tenho feito algumas coisas involuntariamente (mas não por falta de vontade; por falta de desejo) e em outras me vejo sem uma possível reação MINHA.

As vezes saímos de dentro de nós. Precisamos dar uma volta pela (minha) vida e ver se o tempo esta bom lá fora. Digo também que é nos dias de tempestade que eu mais aprendo a navegar o meu barquinho mas é nesses dias também que eu mais desejo voltar para a minha casa.

V.R

Gostar não, AMAR.

“Uma coisa só começa a existir quando você também começa a prestar atenção na existência dela. Quando a gente começa a gostar duma pessoa, é bem assim” (Caio Fernando Abreu)