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quarta-feira, 1 de abril de 2015

Silenciar para ouvir



Não há nada no mundo que grite mais do que aquilo que vai dentro de você. Mas, às vezes, o barulho lá de fora fala mais alto e atrapalha o entendimento das coisas, das atitudes e das decisões. Corra, fuja, suma. Tranque-se de tal forma que você não escute nada além dos seus batimentos. Deus fala conosco quando estamos em silêncio. Escuta, acredita, tenha fé.


(V.R)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Corre


Afobada. É dessa maneira que venho ao meu mundo particular falar das minhas entranhas. Por dentro, por fora...a cada batimento cardíaco.
Tem cheiro, tem olhos, e parece que tudo é você. Você é tudo. Simples.
Tudo que me priva da felicidade, tudo que me leva para o paraíso. Tudo que me causa insônia e tudo que realiza meus sonhos.
Quem é que te deu toda essa capacidade de ter um controle-remoto das minhas funções vitais? Desliga, joga fora, sei lá. 
Você me causa nervosismo excessivo e a sua ausência é pior do que o ódio que sinto quanto toco sua pele.
Fica, some. Dá um jeito de ser qualquer coisa - e que seja só minha. Pra sempre, pra tudo, pra todos os dias.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Você, mais uma vez.



Quantas vezes não quis ter um computador, um papel, um vela ou qualquer coisa que pudesse gravar, traduzir, reproduzir tudo aquilo que eu sentia. Mas não. Inspiração e sentimentos não têm hora para aparecer, acontecer e sumir. E é tão rápido, mais rápido do que a velocidade com que você tem invadido meus pensamentos que, na realidade, nem deveriam ser de você. Mas é que fica. Tem a cor, tem a sua cor, o seu cheiro e a minha falta de você e o ar e a chuva e o vento que nunca me leva (me joga, me deixa) para - bem - perto de você.

Irritante. Sabe aquele barulhinho de chuva que chega a ser insuportável pelo simples fato de não ser dia, não ser calor e você não poder brincar de se molhar? Você. Sim, você também é essa coisa insuportável pra mim. Que desaparece, surge e que acha que pode sempre voltar para o topo que é lugar onde qualquer parte do meu corpo te botou. Dá medo, dá angústia, dá qualquer vontade que me faça lembrar daqueles dias em que eu podia ser tudo. Tudo diferente do nada com o que eu venho me sentindo quando as lembranças têm sido nós. Olho para as horas e elas sempre marcam aqueles dois últimos algarismos que sempre me fazem pensar em você. O que tem de errado com o tempo? Com esse bendito ser inanimado que parece conseguir botar tudo no lugar? Você, mais uma vez; sempre.

Eu me pergunto quando vai deixar de existir, de ser eu, de ser o infinito nós que parece nunca chegar. Só pra você sentir um pouquinho das dores de ansiedade que venho tendo ultimamente, abra a gaveta do seu armarinho de livros, pegue um daqueles seus cadernos de anotação, o computador, as fotos, o cavalo, a montanha, a chuva o frio...pegue o espelho que vai te provar por um mais um que na realidade pra você, nunca deixou de ser eu.
(V.R)

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Por fora

Não existe um compartimento secreto ou alguma coisa que te bloqueie antes de até mim chegar. E vem tão fácil...tão sem frescuras, sem chocolates, sem convites para entrar ou sair para aonde quer que seja.
É tão simples te ver, te rever e odiar você por isso. É que pulsa, bate, bate tanto que chega até a disparar e me machucar por dentro. É isso. É sem controle, sem medidas sem qualquer capacidade de medir a quantidade, tamanho ou intensidade. O problema é que sente. Que fica aqui, intalado na garganta, na barriga, nos poros. Fica em qualquer parte de mim. E gruda. Penetra. Pensa que pode chegar e invadir meu mundo, minha casa e meu músculo insuportável que só consegue desejar aquilo que não deve.

Hoje (pra variar) fiquei com mais vontade de você. De te pegar, te botar no colo e de te bater tão forte quanto essas dores no estômago que, de borboletas, não têm nada. Mas não dá. Qualquer tipo de aproximação com você - aos finais de semana - é praticamente impossível, impensável. Não precisa ter medo de mim, de você, ou daquilo que de tão complexo, sentimos pelo outro.

Vai passar...sempre passa. Aquilo que não deve ficar sempre acaba encontrando um jeito de ir embora. Com você não será diferente. De diferente, já basta você que é assim tão estranho, tão confuso, tão lindo e tão de pedra por dentro que só consegue ser quente por fora.

Assim como eu não tive condições de te impedir de entrar em minha vida, estou nem um pouco afim de te dar motivos para fazer com que você; permaneça nela.
(V.R)

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Senti(n)do


Se peço para o coração parar de bater, a única coisa que consigo escutar é esse bendito pingo (gelado!) de água que cai ao lado da minha janela que, de tão fria, chega a ser intocável.
Esforço repetitivo, cansativo e sem vida. Parece que esses últimos trinta dias do calendário resolveram por serem iguais. Iguais? Isso não deveria ser o resultado de uma conta onde duas coisas se somam, multiplicam e apresentam um resultado? É. Também acho que deveriam. Aqui não tem nada de eu e você, de nós, ou até mesmo de coraçõezinhos palpitantes que até chegam a dar nojo naqueles que  de amor não entendem nada.
A.M.O.R vou dividir as letras pra ver se separadas, elas me trazem algum sentido. Porque, juntas, não tenho a menor ideia do que é que elas significam.
E a gente chega a pensar; quem é que roubou minha felicidade? Vai ver que é um loirinho, pode ser um ruivo, ou...até mesmo um moreno que não soube pigmentar a minha falta de tonalidade.
Sabe o quê que é? Vou parar de falar dessas coisas que não têm o menor sentido e vou ver se consigo extrair perfume de algumas páginas velhas de um daqueles livros baratos que eu nem sequer tive vontade de tocar.
(V.R)

terça-feira, 10 de abril de 2012

Irrefutavelmente, amor.


Como eu gostaria que seus olhos parassem - por alguns minutos, apenas - de me mostrar a imensidão que um pequeno lago azul consegue ter. Ser. Permanecer. Fica. Essa é a única coisa que eu te peço em vida (e além dela, se possível for). Fica aqui comigo, com esse cheiro, com esse jeito de quem não quer nada, mas que consegue ser capaz de pedir até aquilo que eu não posso, não consigo dar.

Se eu pudesse lhe perguntar uma coisa, gostaria que me respondesse por que é que a vida tem dessas coisas. Desses trejeitos que marcam, que ficam, mas que - de certa forma - nunca fora seu devido lugar. E nunca será, não é mesmo? Você só apareceu para mostrar como é que as coisas funcionam. Como é que eu devo ser na sua ausência, na sua presença e naqueles dias que a chuva não me deixa sentir-te. Vai.

Some. Como tudo aquilo que eu já acostumei a viver sem. Te esquecer (na verdade), isso nunca acontecerá, mas deixa de existir e eu deixo de desejar. Só isso. Ponto. Deixa de ser essa coisa enigmática que eu tanto insisto por descobrir como funciona. Funciona? Só se for para me deixar louca, me botar à nervos, me deixar com alergia da falta de você.

Mas não vá acreditando em tudo que eu falo. Sinto, sinto mesmo e de verdade. Só que é tanto, é tão grande e imenso que some do meu controle, foge de mim e foge da realidade. E é por esse motivo que deixa de viver, deixa de sentir e deixa de ser verdade.
(V.R)

quinta-feira, 29 de março de 2012

Estabilidade



Bendita menina que não gosta do que é normal, do que não tem instabilidades e do que não é seguro. Não sei, talvez, quem sabe. O fato é que a fatalidade das coisas me deixam muito mais satisfeita. E pronto. Tem que haver perigo, ousadia. Montanha-russa de sensações. Só assim pra arrepiar a alma e fazer a vida valer a pena.

Inteligível é esse pensamento onde aquilo que consigo entender não me satisfaz. Faz. Só. Isso. Droga! Dá vontade de sair correndo, de tomar a primeira parada errada para ver no que dá. Duvide. Nunca conseguirei fazer isso. Lento. Gosto do vento bagunçando as páginas da vida, gosto da vontade de usar a borracha para apagar coisas escritas com caneta. Claro, não vai funcionar. Mas fixa. É. Pode fixar tudo, mudo, surdo...tanto faz.

Muda, só isso, tá.
(V.R)