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terça-feira, 5 de junho de 2012

Você, mais uma vez.



Quantas vezes não quis ter um computador, um papel, um vela ou qualquer coisa que pudesse gravar, traduzir, reproduzir tudo aquilo que eu sentia. Mas não. Inspiração e sentimentos não têm hora para aparecer, acontecer e sumir. E é tão rápido, mais rápido do que a velocidade com que você tem invadido meus pensamentos que, na realidade, nem deveriam ser de você. Mas é que fica. Tem a cor, tem a sua cor, o seu cheiro e a minha falta de você e o ar e a chuva e o vento que nunca me leva (me joga, me deixa) para - bem - perto de você.

Irritante. Sabe aquele barulhinho de chuva que chega a ser insuportável pelo simples fato de não ser dia, não ser calor e você não poder brincar de se molhar? Você. Sim, você também é essa coisa insuportável pra mim. Que desaparece, surge e que acha que pode sempre voltar para o topo que é lugar onde qualquer parte do meu corpo te botou. Dá medo, dá angústia, dá qualquer vontade que me faça lembrar daqueles dias em que eu podia ser tudo. Tudo diferente do nada com o que eu venho me sentindo quando as lembranças têm sido nós. Olho para as horas e elas sempre marcam aqueles dois últimos algarismos que sempre me fazem pensar em você. O que tem de errado com o tempo? Com esse bendito ser inanimado que parece conseguir botar tudo no lugar? Você, mais uma vez; sempre.

Eu me pergunto quando vai deixar de existir, de ser eu, de ser o infinito nós que parece nunca chegar. Só pra você sentir um pouquinho das dores de ansiedade que venho tendo ultimamente, abra a gaveta do seu armarinho de livros, pegue um daqueles seus cadernos de anotação, o computador, as fotos, o cavalo, a montanha, a chuva o frio...pegue o espelho que vai te provar por um mais um que na realidade pra você, nunca deixou de ser eu.
(V.R)

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