
Como eu gostaria que seus olhos parassem - por alguns minutos, apenas - de me mostrar a imensidão que um pequeno lago azul consegue ter. Ser. Permanecer. Fica. Essa é a única coisa que eu te peço em vida (e além dela, se possível for). Fica aqui comigo, com esse cheiro, com esse jeito de quem não quer nada, mas que consegue ser capaz de pedir até aquilo que eu não posso, não consigo dar.
Se eu pudesse lhe perguntar uma coisa, gostaria que me respondesse por que é que a vida tem dessas coisas. Desses trejeitos que marcam, que ficam, mas que - de certa forma - nunca fora seu devido lugar. E nunca será, não é mesmo? Você só apareceu para mostrar como é que as coisas funcionam. Como é que eu devo ser na sua ausência, na sua presença e naqueles dias que a chuva não me deixa sentir-te. Vai.
Some. Como tudo aquilo que eu já acostumei a viver sem. Te esquecer (na verdade), isso nunca acontecerá, mas deixa de existir e eu deixo de desejar. Só isso. Ponto. Deixa de ser essa coisa enigmática que eu tanto insisto por descobrir como funciona. Funciona? Só se for para me deixar louca, me botar à nervos, me deixar com alergia da falta de você.
Mas não vá acreditando em tudo que eu falo. Sinto, sinto mesmo e de verdade. Só que é tanto, é tão grande e imenso que some do meu controle, foge de mim e foge da realidade. E é por esse motivo que deixa de viver, deixa de sentir e deixa de ser verdade.
(V.R)
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