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sábado, 2 de julho de 2011

Variações - I à VII


A música ecoava. Não era só em meu pensamento; qualquer um da plateia conseguia ver e dessa vez eu também fazia parte das atenções.

Parei de respirar.

Um movimento involuntário me acometeu. O silêncio dentro de mim era tanto que escutar os batimentos do meu próprio coração se tornou fácil. Tic-tac. Se pareceu com isso como o tilintar das horas. Esse é mais um daqueles tempos relativos. Não sabia se estava nessa posição há dias, meses, horas ou alguns meros segundos.

A certeza de um certo fim me era clara, concreta. Mais clara ainda do que o azul do céu daqueles olhos. Uníssono! Tinha dois seres importantíssimos em minha frente. O melhor de tudo foi receber atenção daquele que menos poderia perder seu tempo comigo - tudo isso porque pra nós, tempo vem em primeiro lugar. Claro! Preciso saber em qual ritmo andar. Um estalo...

Voltei a respirar.

Foi aí que me dei conta; estava dentro de um concerto. Eu sorri quando avistei-a morrendo.

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