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terça-feira, 29 de junho de 2010

Prazeres e dores

Acho muito interessante e até mesmo fantástico como a filosofia me explica coisas que me ocorrem e até mesmo sobre aquelas que eu apenas penso. Uma dela, são as dores e os prazeres que sentimos/vivemos/passamos em nossa vida.
Foi isso que Bentham me esclareceu:
[..]Os prazeres e as dores constituem os instrumentos com os quais o legislador deve trabalhar. Por este motivo convém que compreenda a força dos mesmos, ou seja, em outros termos, o seu valor.II - Para uma pessoa considerada em si mesma, o valor de um prazer ou de uma dor, considerado em si mesmo, será maior ou menor, segundo as quatro circunstâncias que seguem:1. A sua intensidade. 2. A sua duração. 3. A sua certeza ou incerteza. 4. A sua proximidade no tempo ou a sua longinqüidade.[...]
Passamos a maior parte de nossa vida procurando a felicidade e fazendo de tudo para alcançá-la (e francamente, encontramos sim- mesmo que por tempo indeterminado), mas, quando nos deparamos com a dor, essa já não temos tanto controle e muitas vezes nos vemos sem saída e também sem controle de nós mesmos - não conseguindo controlar nossas emoçoes.
Penso como é que fazemos para não sentir a dor; a resposta que me dão é o tempo. ''O tempo tudo cura''. Não concordo. Não é o tempo que tudo cura, ele, sozinho, não é capas de nada, muito menos de nos fazer esquecer alguma coisa ou então deixar de sentir.
Cheguei a conclusão de que aquilo que nos ajuda, não é o tempo mas sim o que fazemos com ele e nele.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

E o ver é simplismente tudo.

É incrível como nos adaptamos/acostumamos absurdamente com aquilo que vemos. E sabe...não temos como não concordar com isso. Para dar um pequeno exemplo, pense você utilizando um computador, na área do desktop, se esse lugar não tivesse os ícones/gráficos que você esta acostumado; pronto, se iniciara o caos.
Vou me atrever a coincidir este assunto com a expressão ''não consigo fazer, desisto'' (palavras que estamos acostumadíssimos a ouvir, e eu não fujo a exceção. Praticamente, e dando um olhar crítico para isso, já percebi que as pessoas, geralmente utilizam dessa palavra quando estão literalmente no começo de um processo e/ou fazendo alguma coisa que outrora não faziam. Por conseguinte, podemos entender que esta relacionado com nossos hábitos e também com aquilo que vemos. Se esses afazeres não fazem parte do nosso dia a dia, decidimos ignorá-los e, portanto, dizer que não conseguimos fazer.
Outro exemplo, e um que eu considero utilizado várias vezes , é de virarmos a tela de uma maneira que não nos seja tradicional a que usamos. O que acontece? Não conseguimos nos localizar de imediato, em suma, não estamos acostumados com isso e o nosso cérebro fica 'confuso' quanto ao que vemos.
Por isso, é que eu digo, mude o cenário e não teremos idéia de qual palco estamos.
Indubitavelmente, o ser humano é cem por cento visual.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Bendito seja o nada que é o começo de todos os milagres.

Certa vez, Manuel Bandeira escreveu/disse; ''bendita é a morte que é o fim de todos os milagres''.
Embora outrora desejássemos ''não existir'' e até mesmo morrer (coisa que inúmeras vezes falamos em um momento de tristeza/raiva e até mesmo sem pensar), aquilo que mais queremos fazer é viver, é aproveitar a vida - coisa que é muito relativa e que por hora não irei comentar sobre- é 'ser um milagre' - tudo bem que uns nem tanto já que acredito na tese de que algumas pessoas se levantam para resolver problemas assim como outras para criá-los).
Na correria do dia a dia, muitas vezes não paramos para pensar que nós temos um fim, que deixamos de viver e por assim ser, deixamos de 'ser um milagre'. Em suma, não refletimos sobre como deveriamos agir se hoje fosse realmente nosso ultimo dia de vida, que hoje teríamos a ultima chance de amar, de se fazer amado, de abraçar, beijar, de falar o quanto gostamos/admiramos uma pessoa. Depressivo? Um tanto.
Não vejo lugar mais propício para se pensar na vida e em tudo que com 'nela' (nossa vida) fazemos do que em um velório, um enterro. Sim, no nosso fim, no nosso momento de ''tudo já deveria ter sido feito''. Analisando por esse ângulo, não teríamos mais o que fazer já que tudo estaria terminado.
Manuel Bandeira estava completamente certo quando escreveu em seu poema ''Preparação para a morte'' que a morte era realmente o fim de todos os milagres já que nós, mesmo não sendo e também não fazendo nada somos um milagre. Somos um milagre de Deus, assim como tudo em nossa volta, da mesma forma que podemos pensar; bendito seja o nada que é o começo de todos os milagres. Bendita seja a minha inexistência que também é o começo de tudo.