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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Por fora

Não existe um compartimento secreto ou alguma coisa que te bloqueie antes de até mim chegar. E vem tão fácil...tão sem frescuras, sem chocolates, sem convites para entrar ou sair para aonde quer que seja.
É tão simples te ver, te rever e odiar você por isso. É que pulsa, bate, bate tanto que chega até a disparar e me machucar por dentro. É isso. É sem controle, sem medidas sem qualquer capacidade de medir a quantidade, tamanho ou intensidade. O problema é que sente. Que fica aqui, intalado na garganta, na barriga, nos poros. Fica em qualquer parte de mim. E gruda. Penetra. Pensa que pode chegar e invadir meu mundo, minha casa e meu músculo insuportável que só consegue desejar aquilo que não deve.

Hoje (pra variar) fiquei com mais vontade de você. De te pegar, te botar no colo e de te bater tão forte quanto essas dores no estômago que, de borboletas, não têm nada. Mas não dá. Qualquer tipo de aproximação com você - aos finais de semana - é praticamente impossível, impensável. Não precisa ter medo de mim, de você, ou daquilo que de tão complexo, sentimos pelo outro.

Vai passar...sempre passa. Aquilo que não deve ficar sempre acaba encontrando um jeito de ir embora. Com você não será diferente. De diferente, já basta você que é assim tão estranho, tão confuso, tão lindo e tão de pedra por dentro que só consegue ser quente por fora.

Assim como eu não tive condições de te impedir de entrar em minha vida, estou nem um pouco afim de te dar motivos para fazer com que você; permaneça nela.
(V.R)

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Senti(n)do


Se peço para o coração parar de bater, a única coisa que consigo escutar é esse bendito pingo (gelado!) de água que cai ao lado da minha janela que, de tão fria, chega a ser intocável.
Esforço repetitivo, cansativo e sem vida. Parece que esses últimos trinta dias do calendário resolveram por serem iguais. Iguais? Isso não deveria ser o resultado de uma conta onde duas coisas se somam, multiplicam e apresentam um resultado? É. Também acho que deveriam. Aqui não tem nada de eu e você, de nós, ou até mesmo de coraçõezinhos palpitantes que até chegam a dar nojo naqueles que  de amor não entendem nada.
A.M.O.R vou dividir as letras pra ver se separadas, elas me trazem algum sentido. Porque, juntas, não tenho a menor ideia do que é que elas significam.
E a gente chega a pensar; quem é que roubou minha felicidade? Vai ver que é um loirinho, pode ser um ruivo, ou...até mesmo um moreno que não soube pigmentar a minha falta de tonalidade.
Sabe o quê que é? Vou parar de falar dessas coisas que não têm o menor sentido e vou ver se consigo extrair perfume de algumas páginas velhas de um daqueles livros baratos que eu nem sequer tive vontade de tocar.
(V.R)