
Embora saiba que as coisas que realmente duram são construídas sobre alicerce de cimento, parece que eu - e aquele bendito músculo vermelho, pulsante e cheio de complexidades - adoramos construir coisas sob solo arenoso; que se desgasta e que o tempo consegue levar. Mas construo! E não é tão simples assim me destruir. Tem que querer muito e fazer de tudo para que a água chegue até o meu tão fascinante castelo. Teimosia, aqui, é uma das minhas inquilinas prediletas.
É engraçado como me apego e me desapego mais rápido ainda. Isso porque pensei que não fosse aguentar viver sem determinada pessoa. Mas vivo, revivo e estou pronta para construir de novo. E mais uma vez...e outra areia e outra praia. Me mudo, fato. Gosto de procurar por novos horizontes, adoro desbravar novas terras, novos paraísos escondidos e novos amores. Coragem, sabe? E pote botar muitas pitadas de vida nessa mistura toda - que de homogênea, não tem nada.
E vamos. Corro. Acabo sendo queimada por ficar muito exposta ao sol. Filtro solar. Pra vida? Que nada. Gosto de me queimar mesmo, de ficar com marcas...e quanto à queimar os outros, ah, faço isso com mais frequência do que beber água (modéstia parte). Mas é tão gostoso quando a praia fica calma...quando a paz resolve fazer morada. Embora já tenha algum tempo que não sei o que são noites sem tempestades. E dane-se! Respiro fundo sempre que penso que a maré não esta para peixe. Mas gosto sempre de deixar a brisa me levar...vento.
Praias, na verdade, já conheci muitas. Agora, estou muito a fim de conhecer um paraíso tropical e nele ancorar o meu barquinho pro resto da vida. Claro, se eu encontrar alguém que não me destrua antes disso.
(V.R)
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