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terça-feira, 14 de junho de 2011

A carta

Como tudo que preciso sentir esta em minhas mãos, foi dessa forma que peguei a sua carta. Comecei a correr os olhos por cada palavra, cada linha e cada vírgula em que me quis dar determinada entonação.

Confesso, não imaginava que escrevia tão bem. Me surpreendeu e me deixou reluzente. Em cada trecho, levantava meu olhar para você a fim de ver aquilo que me fascina. Você sorriu. E esse sorriso não teve um barulho sequer - eu sei o que isso significa.

Não saberia dizer quanto tempo levei para terminá-la. Mas não, não foi rápido e eu não fiz isso uma única vez. Lí várias, inúmeras vezes até que acabei decorando as palavras. Acabei decorando seus sentimentos por mim e guardei-a. Deixei-a em um lugar que é meu, que é nosso.

Foram os melhores 3 minutos do meu dia. O papel tinha gosto de bem estar acompanhado por "será que mereço tanto?" Eu coloquei perto de meu coração e abracei-a como se fosse rasgá-la. Acabei venerando-a, só que....

Eu lembro de cada palavra. Lembro de cada riso, cada dia que nela constava. Lembro dos dias de sol e de como uma brisa da tarde poderia nos deixar tão próximos.

Eu me lembro de tudo, só não me lembro da carta. Essa...eu nunca ví. Nunca lí.

V.R

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